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Estado de Minas

Principais tratados de paz da Primeira Guerra Mundial


postado em 28/06/2014 06:00 / atualizado em 28/06/2014 09:47

Do tratado de Brest-Litovsk, assinado antes do fim da guerra entre os bolcheviques e os impérios centrais, ao de Lausanne (julho de 1923) com a Turquia, as potências beligerantes firmaram entre elas pelo menos 16 tratados de paz.

                                         Veja a retrospectiva da guerra no infográfico

Estes foram os mais relevantes no período:

- Brest-Litovsk (3 de março de 1918):

A jovem república bolchevique, que surgiu na Revolução de Outubro de 1917 na Rússia, assina o tratado de Brest-Litovsk com os impérios centrais. Com isso, deixa os combates na frente leste. Mas a Rússia perde grande parte de seus territórios ocidentais para a Alemanha (Polônia, países bálticos e Finlândia, em particular) e mais de 30% de sua população.

- Versalhes (28 de junho de 1919):

O tratado firmado na Galeria dos Espelhos do Palácio de Versalhes encerra a guerra entre a Alemanha e os Aliados. A Alemanha, sem voz ou voto, é apontada como única responsável pelo conflito. Dividido em dois pelo corredor de Danzig, que deixa isolada a Prússia Oriental, o Império Alemão desmorona ao perder 15% de seu território (incluindo a Alsácia-Lorena, recuperada pela França, que a havia perdido em 1870) e 10% de sua população. Também perde todas as suas colônias, além de ser obrigada a pagar pesadas "reparações" econômicas, principalmente para a França. O território ("Land") de La Sarre fica sob controle da Liga das Nações, criada por iniciativa do então presidente americano, Woodrow Wilson, para que as potências resolvessem suas divergências amistosamente. Humilhada, a Alemanha recebe com hostilidade o "Diktat" de Versalhes, que vai alimentar o rancor e a propaganda nazista.

- Saint-Germain-en-Laye (10 de setembro de 1919):

O Tratado de Saint-Germain-en-Laye entre os Aliados e a Áustria desmembra o Império dos Habsburgo, construído ao longo de 700 anos, transformando-o em um punhado de Estados novos, ou parcialmente novos, segundo o princípio do presidente Wilson do "direito dos povos à autodeterminação". Essa divisão será fonte de inúmeros conflitos posteriores. A Tchecoslováquia reúne tchecos e eslovacos, mas também minorias importantes como a alemã na Boêmia, ou a húngara na Eslováquia. A Romênia cresce com a Transilvânia e a Bessarábia. A Iugoslávia reúne os eslavos do sul. A Polônia recebe a antiga Galícia austríaca e os territórios tirados da Alemanha, como Posen (atual Poznan), ou Alta Silésia. Do velho império restam apenas uma pequena Áustria (83.000 km2 e 6,5 milhões de habitantes), em sua parcela de língua alemã, e uma pequena Hungria (92.000 km2 e 8 milhões de habitantes).

- Tratado de Neuilly (27 de novembro de 1919):

O Tratado de Neuilly entre os Aliados e a Bulgária alterou as fronteiras desse país, que havia entrado em guerra em 1915 junto com a Alemanha. Regiões inteiras no oeste passam para o novo Estado iugoslavo; as do nordeste, para a Romênia; e as do sul, para a Grécia, que recebe a maior parte da Trácia Ocidental.

- Tratado de Trianon (4 de junho de 1920):

O Tratado de Trianon retira da Hungria, separada da Áustria desde 31 de outubro de 1918, dois terços de seu território, e três milhões de húngaros ficam em terra estrangeira - a maioria na Romênia.

- Tratados de Sèvres (10 de agosto de 1920) e de Lausanne (24 de julho de 1923):

O Tratado de Sèvres, que desmantela o Império Otomano, é rejeitado pelos nacionalistas turcos liderados pelo general Mustafa Kemal Atatürk, que continua combatendo armênios, gregos e franceses. Graças às suas vitórias militares, o novo homem forte da Turquia impõe um novo tratado aos aliados que será firmado em Lausanne, em 24 de julho de 1923. A Turquia, agora uma república, fica com a Anatólia e com os Estreitos, mas perde todas suas posses árabes. Palestina e Mesopotâmia ficam sob mandato da Inglaterra, enquanto Síria e Líbano vão para a França. O fim do Império Otomano desencadeia um enorme movimento migratório: pelo menos 1,3 milhão de gregos abandonam a Ásia Menor, e cerca de 500 mil turcos partem da Grécia.


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