A goleada histórica sofrida pela seleção brasileira de 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal da Copa do Mundo, é destaque na edição desta quarta-feira dos principais jornais internacionais. Na capa do The New York Times, com o título “Gol, gol, gol, gol, gol, gol, gol: um dia sombrio para o Brasil”, o diário ressalta que “ninguém poderia imaginar que as lágrimas viriam antes do intervalo” e que os torcedores sairiam do estádio antes do final da partida.
O jornal norte-americano comentou que os brasileiros viram a seleção, tida como uma das melhores do mundo, ser atropelada como se fosse um time de juniores. “Dadas as circunstâncias, este resultado – um massacre futebolístico do mais alto nível – deve ser lembrado como o mais surpreendente na história da Copa do Mundo”, diz o texto.
A mais importante revista semanal de notícias alemã Der Spiegel destaca que os alemães viram a Alemanha destruir o Brasil em uma semifinal que marca a história do esporte. “Com o Brasil sem seu principal jogador, Neymar, que sofreu uma fratura na vértebra nas quartas de final contra a Colômbia, o time estava vulnerável e a Alemanha estava implacável”, informa a publicação, segundo a qual o técnico Joachim Löw explorou todas as fraquezas do time brasileiro.
A manchete do jornal argentino La Nación traz como título “Humilhante 7 a 1. Uma Alemanha superlativa arrasou o pior Brasil”. Segundo o periódico, o pesadelo do Maracanaço em 1950 foi sucedido pelo jogo no Mineirão. O texto refere-se à partida final da Copa de 1950, disputada no Maracanã. Naquela final, o Brasil, que precisava de um empate para ficar com o título, perdeu do Uruguai nos minutos finais. O episódio ficou conhecido como Maracanaço. “A história voltou a dar um golpe tremendo no futebol brasileiro e o estupor e a tristeza foram mais fortes que a raiva”, escreveu o diário.
O jornal francês Le Monde traz na capa a foto do jogador David Luiz cabisbaixo e chorando ao final do jogo e a manchete: “O Brasil traumatizado por uma derrota histórica”. O jornal destacou que a Alemanha enterrou o Brasil em casa. A reportagem também lembrou do drama nacional do Maracanaço que agora será o do Mineirão. Para o Le Monde, a seleção brasileira foi vítima de um apagão coletivo e não soube se recompor sem sua principal estrela, o jogador Neymar.