Desde novembro, tropas do governo sírio, apoiadas por militantes libaneses do Hezbollah, participam da ofensiva contra a região montanhosa síria de Qalamoun, tentando eliminar combatentes da oposição.
O confronto mais recente teve início no domingo, depois de rebeldes sírios terem tentado se infiltrar no Líbano e entrarem em confronto com integrantes do Hezbollah, disseram autoridades no leste libanês, que falaram em condição de anonimato. Segundo eles o combate, que aconteceu perto da vila libanesa de Youneen, acabou na madrugada desta segunda-feira, depois de o Hezbollah ter tomado o controle das montanhas próximas.
Segundo o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo sediado em Londres, os confrontos deixaram sete combatentes do Hezbollah mortos e 31 feridos. O grupo ativista informou também que 17 rebeldes morreram e 23 se feriram e que o Hezbollah capturou 14 rebeldes.
Autoridades libanesas confirmaram que alguns combatentes do Hezbollah foram mortos, mas não falaram sobre números. Páginas do Facebook relacionadas ao grupo xiita informavam que seis combatentes do Hezbollah haviam sido mortos, além de indicar seus nomes e lugares de nascimento.
O Hezbollah, que é apoiado pelo Irã, juntou-se abertamente ao conflito sírio no ano passado. Os combatentes do grupo têm sido importantes para o sucesso das forças do presidente Bashar Assad. A crise síria teve início em março de 2011 e já matou mais de 170 mil pessoas, afirmam ativistas.
Também nesta segunda-feira, a Organização das Nações Unidas (ONU) retomou a distribuição de ajuda humanitária para milhares de sírios sitiados em Moadamiyeh, subúrbio de Damasco dominado pelos rebeldes.
Cerca de 13 caminhões do Crescente Vermelho Sírio com kits para alimentação entraram em Moadamiyeh e serão distribuídos para 31 mil pessoa, sob supervisão da ONU e do Crescente Vermelho, em coordenação com o governo sírio. O período de bloqueio a Moadamiyeh resultou em mortes e doenças relacionadas a problemas de nutrição.