Local da queda do avião, peças queimadas e destroços se espalham por vários metros - Foto: REUTERS/Maxim Zmeyev
Um Boeing-777 da Malaysia Airlines caiu nesta quinta-feira na Ucrânia, próximo à fronteira com a Rússia, informou o site de notícia Rússia Today. O voo MH-17, partiu de Amsterdã com destino a Malásia. Equipes de resgate que estiveram no local descartaram a possíbilidade de encontrar sobreviventes. Durante a maior parte desta quinta-feira, a Malaysia Airlines informava que seriam 295 vítimas, sendo 280 passageiros e 15 tripulantes. No entanto, durante a noite, este número foi corrigido pelo vice-presidente do setor europeu da compnhia aérea, Huib Gorter, em  entrevista coletiva no aeroporto Amsterdã-Schiphol: ""Havia 283 passageiros e 15 membros da tripulação a bordo", declarou, precisando que a queda matou 154 holandeses, 27 australianos, 23 malaios, 11 indonésios, 6 britânicos, 4 alemães, 4 belgas, 3 filipinos e 1 canadense.

Galeria de fotos: Avião da Malaysia Airlines cai na Ucrânia

A agência de notícias Interfax informou que a aeronave teria sido abatida durante o voo. O exército ucraniano já tenha confirmado a queda no leste do país. Pelo Twitter, a empresa aérea informou que perdeu contato com a aeronave. A Malaysia Airlines declarou que vai pedir uma investigação imediata sobre a causa do acidente.

Informação divulgada pelo Twitter da Malaysia Airlines confirma perda de contato com o voo MH17 no espaço aéreo da Ucrânia - Foto: Reprodução / Twitter / Malaysia Airlines
O avião teria caído perto da cidade de Shakhtarsk, na região próxima a Donetsk. Vídeos feitos por moradores mostram o que seria a fumaça causada pela queda. A área é um dos espaços em disputa entre o governo ucraniano e separatistas pró-Rússia. Recentemente o conflito provocou o abate de um avião militar.

Segundo a agência Interfax, um conselheiro do ministério do interior da Ucrânia disse que o avião foi abatido por um míssil Buk terra-ar, o armamento é de fabricação russa e teria sido disparado por rebeldes apoiados pelo governo de Putin. O avião caiu a 50 quilômetros da fronteira com a Rússia, logo antes de entrar no espaço aéreo do país vizinho. Ainda não existem confirmações sobre o que causou a queda do avião da Malaysia Airlines. Posteriormente, o governo ucraniano declarou que a aeronave "pode ter sido abatida", mas afirmou que não é responsável pelo ataque.

O sistema de míssil supostamente utilizado é disparado por um veículo de artilharia de grande dimensões, quase do tamanho de um caminhão. Tanto a Rússia quanto a Ucrânia possuem este tipo de armamento, já que foram aliadas durante anos. Recentemente um jornalista da Reuters alegou ter visto um destes dispositivos em poder de grupos rebeldes.

As acusações de fornecimento de armamentos de alta tecnologia por porte da Rússia, para os grupos rebeldes são de difícil comprovação, já que os dois exércitos usam equipamentos semelhantes. Além disso os rebeldes também se apropriaram do material bélico nas áreas onde mantém controle.

De acordo com informações dadas pelo site Rússia Today, integrantes da "República Popular de Donetsk" rechaçaram as informações de que o avião da Malaysia Airlines tenha sido abatido. O jornal também informou que Vladimir Putin, por telefone, comunicou Barack Obama imediatamente sobre o acidente, embora nem o Kremlin nem a Casa Branca tenham ainda se pronunciado sobre o assunto.

Na internet, a página dos separatistas de Lugansk acusou um caça ucraniano de abater o avião da Malaysian Airlines. "Testemunhas viram o Boeing 777 ser atacado por um avião de caça ucraniano. Depois, o avião comercial partiu em dois e caiu no território da 'República de Lugansk' (autoproclamada pelos separatistas no leste da Ucrânia). Após o ataque, o avião ucraniano foi derrubado e também caiu no território da 'República de Lugansk", afirmaram os separatistas.

De acordo com o jornal ingês The Mirror, os jornalistas que chegaram ao local onde a aeronave caiu contam que o local está repleto de destroços em chamas e corpos despedaçados.

.