O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, negou que o exército do país tenham qualquer relação com a queda do avião da Malaysia Airlines nesta quinta-feira. "As forças armadas da Ucrânia não dispararam contra nenhum alvo aéreo", disse.
Ele acrescentou que não exclui a possibilidade do avião ter sido derrubado, mas negou envolvimento das forças controladas por Kiev. "Temos certeza de que os responsáveis por essa tragédia serão responsabilizados", acrescentou.
Representantes do militantes separatistas também negaram participação na tragédia. O primeiro-ministro das forças pro-Rússia, Andrei Purgin, disse que o avião deve ter sido atingido por um míssil das forças armadas da Ucrânia, mas não ofereceu evidências das acusações.
Um conselheiro do Ministério do Interior da Ucrânia, Anton Gerashenko, afirmou em sua página no Facebook que o avião estava a uma altitude de 10 mil metros (33 mil pés) quando foi atingido, nesta quinta-feira, por um míssil disparado por lançador modelo Buk. Esse tipo de armamento pode disparar mísseis a uma altitude de até 22 mil metros (72 mil pés). Segundo ele, o míssil foi disparado por rebeldes pró-Rússia.
A queda aconteceu próxima a vila de Grabovo, segundo o governo da região de Donetsk, em uma área controlada pelos separatistas pró-Rússia. O primeiro-ministro ucraniano Arseni Iatseniuk ordenou a criação de uma comissão especial para investigar a queda do avião, que foi confirmada pelo serviço de tráfego aéreo da Ucrânia.
A Malaysia Airlines informou, por meio de sua conta no microblog Twitter, que perdeu contato com a aeronave, que fazia o voo MH17, quando ela sobrevoava o espaço aéreo ucraniano.