O órgão regulador de aviação da China pediu nesta sexta-feira que as companhias aéreas do país evitem voar sobre o território da Ucrânia em meio a uma série de anúncios similares por parte de empresas de aviação asiáticas.
As recomendações foram feitas horas depois do voo MH17 da Malaysia Airlines cair na fronteira da Ucrânia com a Rússia com 298 passageiros a bordo, na região controlada por rebeldes separatistas pró-Rússia. O espaço aéreo ucraniano faz parte da rota das aeronaves que fazem o caminho entre a Europa e a Ásia.
O governo dos EUA acredita que o avião foi abatido por um míssil terra-ar, mas essa informação ainda não foi confirmada pelas autoridades.
O órgão regulador de aviação chinês informou que 28 voos passam pelo espaço aéreo da Ucrânia, mas que nenhum pousa no país.
As empresas chinesas já seguem a recomendação do órgão. A Air China mudou a rota dos voos entre Roma e Pequim. A estatal China Eastern Airlines desviou um voo da região e a China Southern informou que nenhuma aeronave passa pela região.
As companhias aéreas da Coreia do Sul Korean Air e Asiana Airlines informaram que já evitam a região desde março, quando os conflitos entre Kiev e os separatistas começaram.
A empresa Air India relatou que redirecionou seus voos para evitar o uso do espaço aéreo sobre a Ucrânia, relatou um porta-voz da empresa. A também indiana Jet Airways informou que nenhum de seus voos cruzam o espaço aéreo da região e que continuarão a evitar a rota.
As empresas japonesas All Nippon e Japan Airlines informaram que suas operações não serão afetadas uma vez que elas já evitavam a região.
A companhia Thai Airways International relatou também que não usa a rota da Ucrânia em seus voos para a Europa.