Jornal Estado de Minas

Aumentam as suspeitas sobre os separatistas

Presidente americano aponta cumplicidade da Rússia na queda do Boeing 777

Conselho de Segurança pede investigação internacional independente e profunda

Gabriela Freire Valente
Brasília – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, intensificou a pressão sobre Moscou e afirmou que “evidências indicam que um míssil terra-ar disparado de um território controlado por separatistas” da Ucrânia derrubou o Boeing 777 da Malaysian Airlines, na quinta-feira.
Embora tenha ressaltado ser prematuro para determinar as intenções dos autores do ataque à aeronave civil, o chefe de Estado considerou que os insurgentes jamais seriam capazes de derrubar o jato “sem equipamento e treinamento sofisticado” que “veio da Rússia”.


Obama, que impôs novas sanções à Rússia na véspera do desastre aéreo, insistiu que o presidente russo, Vladimir Putin, colabore para o fim do conflito na região e use a influência para frear a ação dos insurgentes. O líder americano lembrou que os insurgentes tinham abatido uma aeronave ucraniana e argumentou que a suposta derrubada do jato malaio, que seguia de Amsterdã a Kuala Lumpur, “é um chamado de atenção da Europa sobre a Rússia”. “Sabemos que esses separatistas receberam um fluxo constante de apoio da Rússia. Isso inclui armas e treinamento. Inclui armas pesadas e artilharia antiaérea”, apontou.

A enfática acusação do presidente dos Estados Unidos reitera as suspeitas de envolvimento dos rebeldes pró-Rússia que controlam a área onde o voo MH17 caiu com 298 pessoas a bordo. Cerca de 30 observadores internacionais da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) chegaram ontem ao Leste da Ucrânia para verificar a segurança do local da queda da aeronave.

Embora os separatistas pró-Russia tenham garantido que o grupo foi bem recebido, o governador da província de Donetsk, Serhiy Taruta, afirmou os inspetores tiveram o acesso à área limitado por homens armados. O jornal britânico The Guardian entrevistou uma série de especialistas que apontam para uma operação de “limpar as evidências” por parte dos separatistas. Algumas postagens em redes sociais e sites ligados Aos rebeldes mencionaram a derrubada de um avião por volta da hora do desastre, mas as postagens foram deletadas algum tempo depois. Imagens de um lança-mísseis soviético do tipo Buk que teria sido capturado em uma base aérea ucraniana no mês passado tamb´