A cúpula mundial sobre a Aids, que começa neste final de semana na Austrália, estará de luto pela morte de mais de 100 participantes - entre especialistas e ativistas - que viajavam para o encontro no avião da Malaysia Airlines derrubado na quinta-feira na Ucrânia.
"Estamos todos em estado de 'choque'", disse à AFP Francoise Barre-Sinoussi, prêmio Nobel de medicina e presidente da Sociedade Internacional sobre a Aids (IAS).
A tristeza era clara nos corredores do Centro de Convenções de Melbourne, na véspera da abertura da 20ª Conferência Internacional sobre a Aids, a mais importante consagrada à epidemia e realizada a cada dois anos.
Entre os mortos na queda do Boeing 777 está o pesquisador holandês e ex-presidente da IAS Joep Lange, uma das maiores autoridades do planeta no combate ao vírus HIV.
O voo seguia de Amsterdã para Kuala Lumpur, onde muitos passageiros fariam escala para a Austrália, incluindo 108 pesquisadores, especialistas e militantes que participariam da cúpula sobre a Aids, segundo a imprensa australiana.
A cúpula deve reunir cerca de 12 mil pessoas, entre elas o ex-presidente americano Bill Clinton.
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