O governo e a presidência palestinas denunciaram neste domingo um "massacre atroz" no bairro de Shajaya, periferia leste da cidade de Gaza, onde ao menos 62 palestinos foram mortos nos bombardeios israelenses.
"O governo palestino condena de maneira firme o massacre atroz cometido pelas forças de ocupação israelenses contra os civis inocentes de Shajaya", afirma um comunicado, que chama a comunidade internacional a "reagir imediatamente contra este crime de guerra".
O presidente palestino, Mahmud Abbas, se reunirá neste domingo com líder exilado do Hamas, Khaled Meshaal, em Doha, para discutir uma trégua em Gaza, depois de manter desde o início do conflito uma posição de cautela, muito criticada pelo público palestino.
Em Shajaya, um jornalista da AFP descreveu cenas de carnificina e caos, como um homem que teve a cabeça arrancada.
Mais de 210 pessoas ficaram feridas em Shajaya desde as primeiras horas do dia, de acordo com um funcionário dos serviços de saúde do Hamas, Abu Youssef Rech, que alertou para o risco de "uma catástrofe humanitária" se os feridos e mortos no local não forem evacuado rapidamente.
"Shajaya é uma área civil, onde o Hamas tem posicionado seus foguetes, os seus túneis, centros de comando", justificou-se o Exército israelense.
Por sua vez, o chefe da Liga Árabe, Nabil al-Arabi, chamou de "crime de guerra" os bombardeios a esta localidade, apelando ao "fim imediato" da ofensiva israelense contra o enclave palestino.
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