França, Reino Unido e Alemanha ameaçaram neste domingo a Rússia com novas sanções caso o presidente Vladimir Putin não obter dos separatistas pró-russos o acesso "livre e total" à zona da queda do avião da Malaysia Airlines.
Os líderes dos três países europeus, o presidente François Hollande, o primeiro-ministro David Cameron e a chanceler Angela Mercel conversaram esta manhã por telefone e concordaram que a "União Europeia deve rever sua relação com a Rússia".
Os três ressaltaram ainda que os "ministros das Relações Exteriores estão preparados para impor novas sanções contra a Rússia durante uma reunião na próxima terça-feira".
Neste contexto, o secretário de Estado americano, John Kerry, declarou neste domingo que está claro que o sistema de mísseis utilizado para derrubar o avião malaio no leste da Ucrânia provém da Rússia.
"Está claro que se trata de um sistema que foi transferido a partir da Rússia às mãos dos separatistas" pró-russos, afirmou Kerry em declarações à rede de televisão CNN.
"Sabemos com segurança (...) que os ucranianos não possuem um sistema como este nas imediações neste momento", relatou.
O chefe da diplomacia americana também chamou de "monstruosas" as imagens do local onde o avião caiu .
"Há relatos de corpos sendo empilhados por soldados separatistas bêbados", relatou alarmado.
Os observadores internacionais confirmaram neste domingo que os separatistas transportaram 169 corpos em um trem frigorífico à Torez, cerca de 15 quilômetros de distância do local da queda do avião.
Os líderes mundiais exigem que o presidente russo use sua influência para persuadir os rebeldes a entregar às vítimas e permitir que investigadores internacionais tenham acesso à cena.