O Exército israelense acusou neste domingo o Hamas de ter rompido o cessar-fogo acordado por razões humanitárias que estava em vigor até as 9h30 (horário de Brasília) em Shejaiya, bairro de Gaza duramente castigado pelo bombardeio de Israel, onde morreram 50 pessoas, entre elas 17 crianças, 14 mulheres e quatro idosos. "Uma vez mais, o Hamas rompeu um cessar-fogo. Isso foi negociado pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha para uma pausa humanitária. Em consequência, o Tsahal [Exército israelense] respondeu", anunciou o porta-voz do Exército de Israel, Peter Lerner, pelo Twitter.
Israel e Hamas haviam acordado um cessar-fogo imediato de duas horas em Shejaiya, das 7h30 às 9h30, interrompendo um bombardeio na região, segundo fontes do Hamas e militares israelenses. No entanto, Exército de Israel garantiu que, neste momento, "qualquer tentativa de explorar essa trégua terá resposta". O cessar-fogo, que devia ter durado duas horas, acabou por vigorar apenas durante meia hora. As tréguas tinham sido negociadas para permitir a retirada das vítimas da ofensiva israelense na Faixa de Gaza.
Desde o dia 8 de julho, quando começou a ofensiva militar de Israel, foram mortos 410 palestinos em Gaza, a maioria civis, conforme anunciou o chefe dos serviços de saúde locais, Youssef Abou Reesh. Só no ataque a Shejaiya, foram mortas 50 pessoas morreram.