O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez um apelo nesta segunda-feira a seu colega russo Vladimir Putin a pressionar os rebeles separatistas no leste da Ucrânia para que cooperem com a investigação sobre a queda do avião malaio.
"O presidente Putin disse que é favorável a uma verdadeira investigação, mas essas palavras devem ser seguidas por atos: cabe à Rússia insistir para que os separatistas (...) assegurem aos investigadores um acesso imediato e completo ao local da catástrofe", declarou Obama, que denunciou o caos reinante na região, um verdadeiro "insulto" às famílias das vítimas.
A Rússia tem "uma influência direta sobre os separatistas" e o presidente russo "tem uma responsabilidade direta em obrigá-los a cooperar com a investigação. É o mínimo que podem fazer", insistiu Obama, quatro dias após a queda do voo MH17 Amsterdã-Kuala Lumpur.
Os Estados Unidos afirmam que o avião que transportava 298 pessoas foi abatido por um míssil SA-11, fornecido por Moscou aos rebeldes pró-russos do leste da Ucrânia.
"Nosso objetivo imediato é recuperar os corpos daqueles que morreram, investigar exatamente o que aconteceu e estabelecer os fatos. Devemos garantir que a verdade apareça e que as responsabilidades pela catástrofe sejam atribuídas", acrescentou o presidente americano.
Obama advertiu Moscou que, caso não consiga frear os separatistas, ficará cada vez mais isolado e receberá novas sanções dos Estados Unidos. "Os custos da conduta das autoridades russas só aumentarão", concluiu.