A rede de televisão Al-Jazeera esvaziou seu escritório em Gaza depois de ser alvo de tiros na terça-feira, declarou esta emissora com sede no Catar, que responsabilizou Israel pela segurança de seus funcionários.
"Dois disparos muito precisos foram disparados contra nosso imóvel", declarou a jornalista da Al-Jazeera em Gaza, Stefanie Dekker, citada pelo site em inglês da rede.
O escritório se situa no décimo primeiro andar de um edifício situado no centro da cidade de Gaza, que abriga meios de comunicação locais e internacionais, assim como apartamentos.
Os funcionários da rede e várias famílias palestinas, que encontraram refúgio após os bombardeios israelenses de domingo em Shejaiya, esvaziaram o edifício.
A rede do Catar declarou ser vítima de uma campanha hostil em Israel por sua cobertura dos ataques aéreos israelenses contra a população civil na Faixa de Gaza, que deixou mais de 600 palestinos mortos desde o dia 8 de julho.
Em seu site, a Al-Jazeera cita o ministro israelense das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, que defendeu na segunda-feira que a rede de televisão seja impedida de trabalhar em Israel, já que "não realiza um trabalho jornalístico, mas uma lavagem cerebral".
O Catar, próximo ao movimento islamita Hamas, financia a Al-Jazeera.
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