O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta segunda-feira resolução que condena a atual ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza e anunciou a criação de uma comissão internacional para investigar todas as violações e julgar os responsáveis.
Iniciada em 8 de julho e seguida por uma intervenção terrestre que começou na última quinta-feira, a ação militar já provocou a morte a mais de 670 palestinos, a maioria civil. Do lado israelense foram confirmadas 32 mortes entre os militares e duas de civis.
A resolução na ONU, apresentada pela Palestina, foi aprovada durante sessão extraordinária do conselho por 29 votos a favor, 1 voto contra (Estados Unidos) e 17 abstenções. Além do Japão, todos os países europeus presentes, incluindo a França, o Reino Unido e a Alemanha, optaram pela abstenção.
Antes da aprovação, a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, tinha apelado para a instauração de inquérito sobre possíveis crimes de guerra cometidos por Israel em Gaza, e denunciado os ataques do Hamas contra zonas civis em território israelense.
O texto ainda pede que os palestinos sejam imediatamente colocados sob “proteção internacional”, apela ao “fim imediato dos ataques militares israelenses” e ao “fim dos ataques contra civis".
A resolução defende ainda que a Suíça organize uma conferência urgente sobre a situação nos territórios ocupados. Uma carta nesse sentido, com data de 9 de julho, já foi enviada ao governo suíço pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.