Autoridades de saúde de Gaza disseram que pelo menos 15 pessoas foram mortas quando disparos de um tanque israelense atingiram um complexo que abriga uma escola da Organização das Nações Unidas (ONU), em Beit Hanoun, no norte da Faixa de Gaza, onde vários palestinos estavam refugiados.
Funcionários das Nações Unidas morreram no ataque, informou nesta quinta-feira o secretário-geral Ban Ki-moon. "Há vários mortos, entre eles mulheres, crianças e funcionários da ONU", declarou Ban em Erbil (Iraque), segundo um comunicado divulgado pela ONU. Um fotógrafo da AFP viu pelo menos nove corpos, incluindo o de um bebê de um mês e sua mãe, no necrotério do hospital de Jabaliya, perto de Beit Hanoun.
Ashraf al-Kidra, funcionário da área de saúde de Gaza, disse que as sete vítimas fatais estavam entre as centenas de pessoas que buscaram abrigo na escola por causa dos pesados confrontos na região. Pelo menos 150 pessoas ficaram feridas.
O Crescente Vermelho palestino também confirmou que sete pessoas foram mortas por disparos de tanque na escola, instalada na cidade de Beit Hanoun.
Esta foi a quarta vez que uma instalação da ONU foi atingida durante confronto entre Israel e militantes palestinos no território costeiro, que é controlado pelo grupo militante Hamas. A agência de refugiados da ONU para refugiados palestinos, a UNRWA, disse que encontrou foguetes militantes no interior de duas escolas vazias. Cerca de 110.000 civis desde pequeno território palestino com 1,8 milhão de habitantes buscaram refúgio em escolas.
O porta-voz da agência da ONU para os Refugiados Palestinos, Chris Gunness, afirmou que a localização dos prédios havia sido repassada ao governo de Israel. "As coordenadas precisas deste edifício em Beit Hanoun tinha sido formalmente fornecidas para o exército israelense", ressaltou Gunness.
De acordo com um porta-voz do exército israelense, combates estão em curso na região de Beit Hanoun. Ele prometeu que investigará esta tragédia.
Segundo os serviços de emergência palestinos, o número de mortos da operação "Barreira de Proteção", lançada em 8 de julho na Fixa de Gaza, chega a 777 palestinos, e 4.750 feridos, em sua grande maioria civis, incluindo mais de 100 crianças, o que tem provocado críticas crescentes contra Israel. Trinta e dois militares e dois civis israelenses, assim como um trabalhador agrícola tailandês, perderam a vida.
Com agências.