O avião da Air Algérie que estava desaparecido desde a madrugada desta quinta-feira caiu no Mali, onde o último contato havia sido registrado, anunciaram autoridades argelinas. A informação também foi confirmada pelo ministro francês das relações exteriores Laurent Fabius.
"Os serviços de navegação aérea perderam o contato com um avião da Air Algerie que voava nesta quinta-feira de Uagadugu a Argel, 50 minutos após a decolagem", anunciou a companhia pública argelina, citada pela agência APS. O Boeing MD-83 que fazia o voo AH5017 deveria ter pousado às 5h10 GMT (2h10, de Brasília), informou a Swiftair. O motivo da queda e o estado dos passageiros ainda não foi divulgado.
Canais de notícias do Mali e Argélia informaram que havia uma instabilidade climática na zona em que a aeronave perdeu o controle. A rota do voo passa pela espaço aéreo do Mali, que teve o norte do país ocupado durante vários meses em 2012 por grupos armados jihadistas e desde então registra conflitos armados. A Air Algerie colocou em andamento um plano de emergência, segundo o texto.
"O avião não estava longe da fronteira argelina quando pedimos que desviasse sua trajetória devido à má visibilidade e para evitar um risco de colisão com outro avião que cobria a rota Argel-Bamaco", acrescentou uma fonte da Air Algerie. "O sinal foi perdido após mudar de rumo", explicou.
"A Air Algerie informa que os serviços de navegação aérea tiveram o último contato com o voo AH 5017 que cobre o trajeto entre Uagadugu e Argel neste 24 de julho à 01h55 GMT (22h55, de Brasília), ou seja, 50 minutos após a decolagem", afirma o comunicado, que também informa não ter nenhum contato com a tripulação até o momento.
Segundo o site da empresa, a Air Algerie realiza quatro voos por semana em direção a Uagadugu. De acordo com uma fonte da companhia, trata-se de McDonnell Douglas MD-83.
Em agosto de 2003, a Air Algerie registrou seu maior acidente, com a queda de um Boeing 737-2T4, que caiu logo depois de decolar do aeroporto de Tamanrasset, matando 102 pessoas e deixando um sobrevivente.
A lista de passageiros inclui 51 franceses, 27 cidadãos de Burkina Faso, oito libaneses, seis argelinos, cinco canadenses, quatro alemães, dois luxemburguenses, um suíço, um belga, um egípcio, um ucraniano, um nigeriano, um camaronês e um malaio, informou o ministro dos Transportes de Burkina Faso, Jean Bertin Ouedraogo. Os seis tripulantes eram espanhóis, segundo o sindicato de pilotos da Espanha.
Com agências
.