O presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita, confirmou que destroços do avião da Air Algérie que desapareceu na madrugada desta quinta-feira foram avistados no norte do país. A informação repassada por agências internacionais é de que os destroços do voo AH-5017 tenham sido localizados a cerca de 80 Km da cidade de Gossi.
O último contato do voo foi registrado no Mali. “Os serviços de navegação aérea perderam o contato com um avião da Air Algérie que voava nesta quinta-feira de Uagadugu a Argel, 50 minutos após a decolagem”, anunciou a companhia pública argelina, citada pela agência APS. O Boeing MD-83 que fazia o voo AH5017 deveria ter pousado às 5h10 GMT (2h10, de Brasília), informou a Swiftair. O motivo da queda e o estado dos passageiros ainda não foi divulgado.
Canais de notícias do Mali e Argélia informaram que havia uma instabilidade climática na zona em que a aeronave perdeu o controle. A rota do voo passa pela espaço aéreo do Mali, que teve o norte do país ocupado durante vários meses em 2012 por grupos armados jihadistas e desde então registra conflitos armados. A Air Algerie colocou em andamento um plano de emergência, segundo o texto. Dois caças Mirage 2000 do exército francês foram mobilizados para ajudar nas busca pela região.
"O avião não estava longe da fronteira argelina quando pedimos que desviasse sua trajetória devido à má visibilidade e para evitar um risco de colisão com outro avião que cobria a rota Argel-Bamaco", acrescentou uma fonte da Air Algérie. "O sinal foi perdido após mudar de rumo", explicou. Segundo o site da empresa, a Air Algérie realiza quatro voos por semana em direção a Uagadugu.
Em agosto de 2003, a Air Algérie registrou seu maior acidente, com a queda de um Boeing 737-2T4, que caiu logo depois de decolar do aeroporto de Tamanrasset, matando 102 pessoas e deixando um sobrevivente.
A lista de passageiros inclui 51 franceses, 27 cidadãos de Burkina Faso, oito libaneses, seis argelinos, cinco canadenses, quatro alemães, dois luxemburguenses, um suíço, um belga, um egípcio, um ucraniano, um nigeriano, um camaronês e um malaio, informou o ministro dos Transportes de Burkina Faso, Jean Bertin Ouedraogo. Os seis tripulantes eram espanhóis, segundo o sindicato de pilotos da Espanha.