O chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius, disse nesta quinta-feira que nenhuma hipótese pode ser descartada no caso do avião da Air Algérie, que desapareceu no norte do Mali com 116 pessoas a bordo.
"Não podemos, não devemos descartar hipótese alguma antes de termos todos os elementos", declarou à rede pública France 2. Em resposta a uma pergunta de um jornalista sobre um possível atentado, Fabius insistiu: "Não podemos descartar hipótese alguma".
"A única coisa que sabermos com certeza é do alerta meteorológico", declarou o ministro.
"O piloto disse: 'dada as condições meteorológicas muito ruins, peço para mudar de trajetória'. Não há outros registros após esse pedido. Desta forma, consideramos várias hipóteses (...) é uma estação muito complicada do ponto de vista meteorológico nesta região. Essa pode ser a origem da tragédia, mas ainda há outras hipóteses", explicou Fabius.
O ministro indicou que 51 franceses estavam a bordo da aeronave. "Isto inclui 20 famílias, porque eles são irmãos, são em sua maioria amigos da África, turistas ou agentes humanitários".
"Decidimos trazer todas as famílias no sábado para Paris", informou.
Segundo um comunicado da Air Algérie, "os serviços de navegação aérea fizeram seu último contato com o voo AH 5017 no dia 24 de julho à 1 hora e 55 minutos GMT, 50 minutos após a decolagem".
De acordo com a lista mais recente fornecida pela companhia, o avião transportava 50 franceses, 24 cidadãos de Burkina Fasso, oito libaneses, seis argelinos, seis espanhóis, cinco canadenses, quatro alemães e dois luxemburgueses.
Também havia um belga, um camaronês, um egípcio, um malinense, um nigeriano, um romeno, um suíço, um ucraniano e outras pessoas de "três nacionalidades ainda desconhecidas".