Em Paris, os chanceleres dos Estados Unidos, do Reino Unido, da França, da Alemanha, da Itália, além do Catar e da Turquia já haviam pedido a ampliação da trégua. Enquanto os chanceleres se reuniam na França, os serviços de socorro de Gaza retiraram 130 cadáveres que se estavam soterrados nos escombros dos edifícios destruídos pelos bombardeios de Israel em vários pontos da Faixa de Gaza. O número de palestinos mortos desde o dia 8 de julho, quando começou a ofensiva, já passa de mil, entre eles 192 crianças.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 70% dos mortos são civis. Do lado israelense, 37 soldados morreram em combate, além de dois civis e um trabalhado rural tailandês, que foram atingidos por tiros de morteiro.
Hamas
Um representante do Hamas, que controla a Faixa de Gaza, disse que o grupo rejeitou a prorrogação de quatro horas no cessar-fogo anunciada mais cedo por Israel. Sami Abu Zuhri enviou uma mensagem de texto a jornalistas na noite deste sábado, dizendo que "não há acordo para prorrogar a trégua por mais quatro horas".
Israel estabeleceu seus próprios termos para o cessar-fogo, dizendo que continuará destruindo túneis secretos usados pelo Hamas na fronteira com a Faixa de Gaza. Enquanto isso, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e a comissária de Relações Exteriores da União Europeia, Catherine Ashton, estão em Paris discutindo como transformar a trégua de 12 horas que começou na manhã deste sábado em um cessar-fogo sustentável.
Disparo de foguetes
Apesar da decisão do governo israelense de prolongar durante quatro horas um cessar-fogo humanitário iniciado pela manhã, fontes militares israelenses informaram neste sábado sobre o lançamento de foguetes e morteiros a partir da Faixa de Gaza contra o sul de Israel.
"Acabam de ser lançados foguetes contra Israel, apesar do prolongamento do cessar-fogo humanitário", escreveu em sua conta no Twitter um porta-voz do Exército, Avital Leibovich, enquanto outro porta-voz informou à AFP sobre três disparos de morteiro que não deixaram vítimas.
Até o momento, não é possível determinar se são ataques isolados ou uma retomada das hostilidades por parte do movimento islamita palestino Hamas após o fim da trégua inicial, às 17h00 GMT (14h00 de Brasília).
As sirenes soaram em várias localidades do sul de Israel próximas à Faixa de Gaza logo depois deste horário.
O Hamas não reagiu até o momento à decisão de Israel de prolongar a trégua.
* Com informações das agências Lusa, AFP, Telam e Agência Estado
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