O secretário de Estado americano, John Kerry, voltou a Washington neste domingo, depois de passar uma semana no Oriente Médio na tentativa frustrada de alcançar um cessar-fogo no conflito na Faixa de Gaza, que já dura 20 dias e matou mais de 1.000 palestinos e 43 israelenses.
Um alto funcionário americano afirmou que Kerry busca acertar uma série de tréguas temporárias, que levariam a negociações entre os dois lados no Egito sobre um plano permanente. "Agora temos uma maneira de interromper o derramamento de sangue", declarou, pedindo anonimato. O gabinete de segurança israelense recusou na sexta-feira a proposta de uma trégua permanente, e insistiu na necessidade de continuar destruindo os túneis pelos quais os palestinos podem entrar em Israel.
Kerry passou a maior parte da semana no Egito, e reuniu-se no sábado, em Paris, com chanceleres de Catar e Turquia, aliados do Hamas. O ministro catariano, Khaled al-Attiyah, pediu o fim do bloqueio israelense na Faixa de Gaza, e que os palestinos tenham um porto marítimo. Kerry apoiou os pedidos para que os palestinos possam viver com "dignidade", através do comércio com outros países, mas também respaldou as demandas israelenses para que se tomem medidas sobre os túneis.