Cerca de 10.000 pessoas protestaram neste domingo em Casablanca, capital econômica do Marrocos, em apoio à população de Gaza, denunciando as operações militares israelenses no enclave palestino e a falta de ação internacional, constatou um jornalista da AFP.
Esta nova manifestação, a maior no Marrocos junto com a realizada há duas semanas em Rabat, havia sido convocada pelo movimento islamita Al-Adl Wal Ihsane (AWI, "Justiça e Beneficência"), que é proibido mas tolerado pelo governo.
"Queremos ir a Gaza", "Abram as fronteiras", "Morte a Israel", "Queremos vingar nossos irmãos", gritavam os manifestantes, agitando bandeiras do movimento radical palestino Hamas e exibindo mísseis de papel.
Alguns chegavam a exibir bonecos, simulando corpos de crianças, em uma forte crítica aos "massacres" do Exército israelense.
"Lá há famílias. Centenas de palestinos são mortos a cada dia diante da indiferença geral. Isso é inadmissível", declarou à AFP Aziz Fekkous, um jovem estudante ao lado de seu pai e de sua irmã.
Para Omar Aherchane, um jovem dirigente da AWI, "protestar contra esta agressão é o mínimo a fazer pelos palestinos".
As autoridades marroquinas condenaram em diversas oportunidades "a agressão militar israelense" contra a Faixa de Gaza.
O rei Mohammed VI, presidente do Comitê Al-Qods (Jerusalém, em árabe), anunciou o desbloqueio de uma "ajuda humanitária de urgência" de cinco milhões de dólares para a população do enclave palestino.