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Estado de Minas ORIENTE MÉDIO

Ofensiva no Sul de Gaza mata ao menos 10 civis, ONU condena novo ataque em escola

Organização das Nações Unidas afirmou que bombardeio foi "criminoso" e exigiu rápida investigação


postado em 04/08/2014 07:00 / atualizado em 04/08/2014 08:26

Palestinos carregam feridos, entre eles crianças, após ataque militar israelense a uma escola de Rafah(foto: AFP PHOTO / SAID KHATIB)
Palestinos carregam feridos, entre eles crianças, após ataque militar israelense a uma escola de Rafah (foto: AFP PHOTO / SAID KHATIB)

A Organização das Nações Unidas (ONU) condenou no domingo, 3, o ataque contra uma escola de sua agência para os refugiados palestinos em Rafah, no Sul de Gaza, que causou a morte de pelo menos 10 civis, e exigiu uma rápida investigação. “É um ultraje moral e um ato criminoso”, denunciou o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. Foi o terceiro ataque a uma escola da ONU que abrigava palestinos durante o conflito entre Israel e os militantes do Hamas, que já dura 27 dias.

O diplomata coreano ressaltou que os refúgios da ONU devem ser zonas seguras e lembrou que "as Forças Armadas de Israel foram informadas repetidamente sobre a localização dessas instalações". "Este ataque, junto com outras violações da legislação internacional, deve ser investigado rapidamente e os responsáveis devem pagar por isso", defendeu Ban Ki-moon.

"A volta dos combates só exacerbou a crise humanitária e de saúde que está causando estragos em Gaza", disse Ban, que exigiu mais uma vez a retomada do cessar-fogo e o início da negociações entre as partes. "Esta loucura deve parar."

Segundo a ONU, o bombardeio ocorreu às 10h50 no horário local (4h50 em Brasília) e atingiu as imediações da escola da agência em Rafah, onde se refugiam cerca de 3 mil pessoas. O último ataque em escolas ocorreu em 30 de julho, quando 15 palestinos morreram e 50 ficaram feridos em Jabalya, no Norte de Gaza, o que suscitou uma onda de condenações internacionais contra Israel.

Ontem, os EUA condenaram veementemente o ataque de Israel à escola da ONU. O governo norte-americano classificou o bombardeio como "vergonhoso". Já a União Europeia pediu um fim ao "derramamento de sangue" em Gaza e fez um apelo por negociações entre líderes israelenses e palestinos em direção a uma solução política, como a única maneira de trazer "uma paz duradoura" à região. Em quase um mês de conflito mais de 1.800 palestinos e 60 israelenses foram mortos. Na noite de ontem, Israel anunciou trégua humanitária de sete horas em Gaza. O cessar-fogo vai vigorar das 7h às 14h (ou da 4h às 11h de Brasília).

ESPIONAGEM A revista semanal alemã Der Spiegel divulgou no domingo que Israel espionou o secretário de Estado norte-americano John Kerry durante as fracassadas negociações de paz com os palestinos no ano passado. Segundo o semanário, Kerry não usava apenas linhas telefônicas protegidas durante suas viagens pelo Oriente Médio: usava também conexões por satélite, mais vulneráveis à espionagem.

(foto: Cristina Horta / EM / D.A Press)
(foto: Cristina Horta / EM / D.A Press)

Ato pela paz em BH

Duas pombas brancas simbolizaram a mensagem de paz da comunidade de judeus em Belo Horizonte para o mundo. Elas foram soltas ao fim do encontro de mineiros de origem judaica que se reuniram ontem na Praça Estado de Israel, no Bairro Mangabeiras, na Região Centro-Sul, para mostrar que são contra a guerra e o terrorismo. O ato, que contou com aproximadamente 200 pessoas, também chamou a atenção para o direito de defesa dos israelenses contra o grupo palestino Hamas.


Presidente da Federação Israelita do Estado de Minas Gerais (Fisemg), Marcos Brafman, destaca que a guerra foi declarada pelo Hamas e o governo de Israel tem a obrigação de defender o seu povo. “A guerra não é contra os palestinos. Israel está lutando para combater o terrorismo, que é perigo não apenas para os judeus, mas para todo o mundo. Infelizmente ocorrem acidentes lamentáveis”, pontua.


O publicitário Matheus Zandona, de 37 anos, um dos líderes da sinagoga Har Tzion, na Pampulha, manifestou seu apoio ao direito do Estado de Israel de existir. “A paz continuará longe enquanto não houver uma liderança do povo palestino que aceite o convívio com os judeus. O Hamas declara abertamente que é contra.”


Para o presidente do Instituto Histórico Israelita Mineiro, Jacques Levy, é preciso se unir contra o radicalismo. Na infância pós-guerra, ele conta que sentiu preconceito por ser judeu e hoje vê o sentimento renascer. “Temos de combater a intolerância e respeitar as diferenças”. A família cristã Balbino prestigiou o evento. “Divergência sempre existiu. Temos que aprender a ser tolerantes e lutar pela harmonia”, disse Paulo Balbino, de 59, acompanhado por Simone, de 44, e Yohanan, de 7.

 


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