"As luzes estão se apagando na Europa; talvez não voltemos a vê-las em nossas vidas".
Para recordar a frase de um ministro às vésperas da Primeira Guerra Mundial, os britânicos apagarão as luzes na noite desta segunda-feira.
A frase foi pronunciada pelo ministro das Relações Exteriores Edward Grey e é o motivo para o ato mais significativo dos que serão realizados no Reino Unido exatamente 100 anos depois que o país entrou na Grande Guerra, em 4 de agosto de 1914, em resposta à invasão alemã da Bélgica.
Às 22H00 (18H00 de Brasília), e durante uma hora, as luzes dos principais monumentos do país e de milhares de lares se apagarão em recordação de um conflito no qual morreram aproximadamente um milhão de soldados do Império Britânico.
Além disso, o príncipe Charles, herdeiro do trono, e o primeiro-ministro David Cameron participarão em um serviço religioso na catedral de Glasgow.
Em Liége (Bélgica), onde acontece a principal cerimônia europeia, o Reino Unido foi representado pelo príncipe William, segundo na linha de sucessão, e sua esposa, Catherine.
A rainha Elizabeth II participa em outro serviço em Crathie Kirk, perto de sua residência de verão, em Balmoral, Escócia.
O falecido primeiro-ministro Winston Churchill, que na I Guerra era ministro da Marinha, recordou em seu diário a noite em que o Reino Unido entrou na guerra.
"Eram onze horas da noite - meia-noite na Alemanha - quando terminou o ultimato dado aos alemães para que se retirassem da Bélgica".
"Soaram as campanhas do Big Ben; e, nos primeiros momentos da nova hora, o movimento invadiu a sala.