Um porta-voz da campanha "Justiça para Jean" afirmou nesta quinta-feira que uma seção que criticava a Comissão Independente de Denúncias sobre a polícia, que cuida dos esclarecimentos dos abusos policiais cometidos e que investigou a morte de Jean Charles, desapareceu da página por obra de um editor anônimo que fez as mudanças a partir de um computador do governo britânico.
"O governo leva muito a sério estes casos", afirmou um porta-voz do Executivo ao Channel 4 em resposta às acusações.
Segundo a imprensa britânica, em 2006 e 2008 a página já sofreu mudanças a partir de computadores de funcionários que menosprezavam a figura do brasileiro de 27 anos, assegurando, respectivamente, que havia consumido drogas ou que sua situação no país era irregular, todas informações falsas.
Duas semanas depois dos atentados de 7 de julho de 2005 contra o transporte público londrino, que deixaram 52 mortos e mais de 700 feridos outros extremistas tentaram repetir a matança, o que levou à morte por engano de Jean Charles, quando ele entrava no metrô e foi confundido pela polícia com um dos autores do atentado fracassado..