Falando durante uma coletiva de imprensa ao lado do ministro interino de Relações Exteriores iraquiano, Hussain al-Shahristani, Fabius disse que sua visita tem como objetivo estimular os esforços humanitários no norte do Iraque, onde dezenas de milhares de integrantes da minoria yazidi fugiram para as montanhas e até mesmo para a vizinha Síria para escapar do grupo Estado Islâmico (anteriormente conhecido como Estados Islâmico do Iraque e do Levante, EIIL).
"A ordem é a solidariedade", declarou Fabius em Bagdá.
O diplomata francês também se reuniu com o primeiro-ministro Nouri al-Maliki antes de se dirigir à capital regional curda, Irbil.
Os combatentes do Estado Islâmico tomaram grande parte do território iraquiano no norte e oeste do país. O avanço do grupo contra Irbil nos últimos dias fez com que os Estados Unidos lançassem ataques aéreos contra a região pela primeira vez desde que suas tropas deixaram o Iraque, no final de 2011, após oito anos de guerra.
O Exército norte-americano disse que uma terceira rodada de ataques realizada por jatos de combate e aviões teleguiados, também chamados de drones, atingiu veículos blindados e caminhões do grupo que eram usados no ataque a civis.
Aviões norte-americanos e iraquianos também lançaram ajuda para os yazidis. Milhares de integrantes dessa minoria estão confinado no topo de uma montanha desde que os militantes tomaram Sinjar na semana passada.
O presidente Barack Obama advertiu os norte-americanos no sábado que a última campanha militar no Iraque será um "projeto de longo prazo", cuja extensão vai depender do tempo que os líderes iraquianos levarão para resolver suas diferenças e, assim, confrontar a insurgência.
"Eu não acho que vamos resolver este problema em semanas", disse Obama.
O rápido avanço do Estado Islâmico em todo o Iraque em junho colocou o país em sua pior crise desde que as tropas norte-americanas se retiraram, no final de 2011.
O governo da Alemanha informou neste domingo que apoia os ataques aéreos norte-americanos no Iraque contra extremistas que atacam integrantes da minoria yazidi, afirmou o ministro de Relações Exteriores alemão.
"Tendo em vista a catástrofe humanitária, nós apoiamos a intervenção dos Estados Unidos", disse Frank-Walter Steinmeier. Ele afirmou também que os esforços norte-americanos são muito importantes para evitar o avanço ainda maior do grupo. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires..