Quase 1.400 imigrantes foram resgatados no Mediterrâneo na costa italiana nas últimas 24 horas, informou a Marinha nesta quarta-feira.
De acordo com as autoridades, desde o início do ano quase 100.000 imigrantes chegaram às costas italianas e o fluxo não parece diminuir.
A fragata "Sirocco" auxiliou uma embarcação na qual viajavam 530 pessoas, incluindo 47 mulheres e 137 menores de idade. Todos viajavam sem coletes salva-vidas.
O navio "Datillo" resgatou 686 imigrantes em três operações e aguarda instruções sobre para onde deve transportar as pessoas.
O "Bonita", navio mercante grego, auxiliou 180 pessoas que estavam em uma embarcação precária ao sul da ilha de Lampedusa.
"Com os resgates, realizados dentro da operação Mare Nostrum, já superamos 98.000", disse o prefeito Mario Morcone, diretor do Departamento de Liberdades Civis do ministério italiano do Interior.
"São pessoas que vêm para a Itália não para fazer turismo, e sim por desespero. Muitos continuam morrendo nas travessias, apesar dos nossos esforços", completou.
A operação Mare Nostrum teve início em outubro do anos passado, após dois naufrágios que deixaram mais de 400 mortos perto de Lampedusa e Malta.
A pressão migratória, vinculada aos conflitos que afetam a África e o Oriente Médio, também é sentida na Espanha, onde mais de 900 imigrantes de África subsaariana foram resgatados na terça-feira no estreito de Gibraltar.
Além das viagens por mar é preciso somar as tentativas de entrada por terra na barreira de proteção do território espanhol de Melilla, norte de Marrocos.