Na última quarta-feira, um adolescente morreu depois de ter sido baleado por agentes de segurança da Libéria, na comunidade pobre de West Point, que foi cercada nesta semana para impedir a contaminação do Ebola. O garoto, identificado como Shakie Kamara e de idade aproximada entre 15 e 16 anos, foi uma das três pessoas que entraram em confronto com os agentes, após terem ficado revoltados com o bloqueio das vias que dão acesso à comunidade, onde moram cerca de 50 mil pessoas.
A morte elevou as tensões em West Point, que já estava em situação delicada. No fim de semana passado, moradores da comunidade saquearam uma clínica para tratamento do Ebola na região, depois de terem percebido que pacientes de outras partes da cidade estavam se tratando no local. Eles fugiram com materiais hospitalares, incluindo colchões com sangue.
Com medo da disseminação do vírus, países da África ocidental continuam a impor algumas restrições nas fronteiras com os principais países afetados, como Guiné e Serra Leoa, além da própria Libéria. As medidas vão de encontro às recomendações da OMS, que tem pedido aos governos que evitem tomar esse tipo de medida.
Nesta sexta-feira, o Gabão anunciou que está barrando todos os voos e embarcações que venham de países atingidos pelo Ebola. O Senegal anunciou também, na quinta-feira, que estava fechando suas fronteiras aéreas com a Guiné, Serra Leoa e Libéria, com extensão para as terras no caso de Guiné.
Na manhã desta sexta-feira, autoridades de saúde da Irlanda relataram que um padre irlandês morto na África poderia ter sido vítima do Ebola, no entanto, exames realizados com os restos mortais, em Dublin, provaram que o homem, identificado como Adrian Gavigan, não chegou a ser contaminado pelo vírus..