A Marinha italiana encontrou neste domingo 18 corpos em um bote à deriva ao sul da ilha de Lampedusa, na mais recente de uma longa série de tragédias da imigração clandestina no Mediterrâneo.
Os sobreviventes afirmaram que havia 99 pessoas a bordo quando iniciaram a travessia e que outros oito passageiros estavam desaparecidos, mas o capitão Bilardi disse que a tripulação não encontrou vestígio de nenhum deles.Os 73 resgatados foram levados para o navio "Sirio", onde encontraram outros 193 imigrantes que haviam sido socorridos previamente em outras operações. Neste domingo, a Marinha italiana resgatou outros 215 imigrantes, incluindo 55 mulheres e 38 crianças, que foram levados para o navio "Fenice".
Outro navio militar, o "San Giusto", transportava quase 900 imigrantes resgatados durante várias operações na costa italiana.
Mais de 3.500 pessoas, principalmente da Síria e da Eritreia, foram resgatadas desde sexta-feira no canal da Sicília pela Marinha italiana, a Guarda de Fronteira e navios mercantes, segundo a imprensa italiana. Depois dos grandes naufrágios no ano passado, que deixaram mais de 400 mortos, a Itália iniciou a operação "Mare Nostrum" para resgatar as várias embarcações em dificuldades que procedem em sua maioria da Líbia.
O ministro italiano do Interior, Angelino Alfano, pediu novamente um plano europeu de ação decisivo e rápido. "É preciso estar cego para não ver o que está acontecendo: quanto mais se agrava o problema da fronteira do Mediterrâneo, mais percebemos que a operação 'Mare Nostrum' deve ser substituída por uma ação europeia", disse o ministro. De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), mais de 100.000 pessoas chegaram à Itália pelo mar em 2014. Muitos seguiram para outros países da Europa..