Jornal Estado de Minas

ONU apoia resolução de ajuda ao Iraque

Jorge Macedo - especial para o EM

Em reunião presidida pelo secretário de Estado norte-americano, John Kerry, o Conselho de Segurança das Nações Unidas apoiou ontem uma resolução de ajuda ao governo do Iraque na luta contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Horas antes, a aviação francesa tinha lançado seus primeiros ataques contra bases dos jihadistas em território iraquiano, conforme o anúncio feito pelo presidente François Hollande. Na Síria, porém, o EI continuava avançando pelo Norte do país, onde conquistou em 48 horas o controle de 60 cidades de população curda e forçou milhares de civis a fugir com destino à Turquia. O país abriu sua fronteira para receber os refugiados, que vão se somar a outros 1,5 milhão de pessoas.

Em Nova York, as negociações para fortalecer a coalizão de 40 países iniciadas pelo presidente Barack Obama devem continuar com uma reunião ministerial do Conselho de Segurança da ONU. Os EUA sinalizam a possibilidade de atacar o EI na Síria, mas não revelou na noite de ontem quando e de que forma isso ocorreria. Washington saudou a decisão da França de se juntar à campanha aérea contra o grupo responsável por estupros, sequestros, execuções, crucificações e perseguições em áreas conquistadas nos últimos meses graças a instabilidade no Iraque e a guerra civil na Síria.

“Nossos aviões Rafale fizeram o primeiro ataque contra um depósito logístico dos terroristas da organização Daesh (acrônimo em árabe do Estado Islâmico) no Nordeste do Iraque. O objetivo foi atingido e destruído por completo”, declarou o presidente francês, François Hollande. O alvo estava localizado em Tal Mus, entre as cidades de Mossul e Zumar.


COMBATES

 

Com cerca de 35 mil homens, segundo estimativas, o EI proclamou um califado nas regiões ocupadas no Iraque e na Síria, um território tão grande como o Reino Unido. Desde 8 de agosto, os quase 170 ataques aéreos americanos permitiram que as forças iraquianas e curdas recuperassem terreno ao Norte de Bagdá, depois das derrotas registradas nos primeiros dias da ofensiva jihadista, lançada em 9 de junho. Nos últimos dias, os combates se concentram a cerca de 50 quilômetros ao Sul de Bagdá, onde as tropas de elite iraquianas, apoiadas pelos ataques americanos, enfrentam os jihadistas. Ontem, 22 pessoas morreram em Bagdá e Kirkuk.

papa O Vaticano declarou ontem não temer atentados contra o papa durante sua visita à Albânia, país de maioria muçulmana. “Não temos razão alguma para modificar o programa do papa, nem seu estilo de viajar”, assegurou o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi. Francisco percorrerá Tirana, onde permanecerá 11 horas, em um papamóvel descoberto, o mesmo que usa para percorrer a Praça de São Pedro.

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