A presidente argentina, Cristina Kirchner, revelou neste sábado que recebeu ameaças da organização Estado Islâmico, que atribuiu à sua "amizade com o Papa Francisco", em declarações feitas em Roma e reproduzidas no site da presidência argentina.
"Dias atrás, dois delegados, um da Polícia Federal argentina e outro da polícia de Buenos Aires, fizeram uma denúncia por ameaças à minha pessoa", disse a presidente.
Cristina acrescentou que "a denúncia dos delegados aconteceu após o surgimento de ameaças do Estado Islâmico contra a minha pessoa, pela amizade com o Papa Francisco e pela posição favorável à existência de dois Estados: o da Palestina e o de Israel".
A presidente argentina fez a revelação em Roma, após um almoço privado com o Papa, ao ser perguntada se, durante o encontro, foram comentadas as ameaças recebidas pelo Sumo Pontífice.
Cristina minimizou o fato e disse que, caso contrário, por causa de ameaças, "teria que viver escondida debaixo da cama, assim como o Papa".
A presidente disse que o assunto foi discutido com o Papa, e que comentou-se que, "às vezes, quando não somos politicamente corretos e defendemos coisas que incomodam alguns, não sabemos se as ameaças são verdadeiras ou de alguns para colocar a culpa em terceiros".