A enfermeira francesa da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), infectada pelo ebola durante uma missão na Libéria, teve alta hospitalar. O anúncio foi feito, hoje (4), pelo governo francês. O tratamento durante o tempo em que ficou internada em um hospital militar, nos arredores de Paris, foi feito com três medicamentos experimentais. Um deles, era um antiviral produzido para combater a gripe.
Em Hamburgo, Norte da Alemanha, a equipe da clínica universitária de Eppendorf também anunciou a alta hospitalar ao primeiro doente infectado com o vírus em território alemão. O senegalês, que foi transferido em agosto para Hamburgo depois de ter sido infectado com o ebola, em um laboratório na Serra Leoa, passou cinco semanas em tratamento. De acordo com os médicos, ele está bem e não apresenta infeções.
Em Nova Iorque, hospitais, aeroportos e serviços de emergência estão mudando, a partir de hoje (4), alguns procedimentos para prevenir contágios pelo ebola. As pessoas que ligarem para a linha 911, relatando sintomas semelhantes aos provocados pelo vírus e viagens recentes aos países africanos afetados pela doença, serão atendidos em casa por uma equipe sanitária protegida por equipamentos especiais.
Nos hospitais públicos da cidade americana estão sendo feitas várias simulações para melhorar a resposta a possíveis casos. E, no Aeroporto Internacional John F. Kennedy (JFK) - o único da cidade que recebe voos procedentes da África - a equipe de controle de fronteira e a equipe aduaneira recebeu treinamento para identificar mais rapidamente os sinais do vírus. Se os sintomas forem detectados, a pessoa afetada será isolada em uma sala que foi preparada para que agentes sanitários possam fazer os testes.
As medidas foram adotadas para evitar que outros casos como o que ocorreu em Dallas se repitam. Na cidade do Texas, um homem que apresentou sinais do vírus, depois de retornar de uma viagem à Libéria, foi hospitalizado e liberado pelos médicos, permanecendo três dias em casa e colocando outras pessoas em risco.
Ontem (3), mais um homem com sintomas semelhantes aos provocados pelo vírus, e que viajou recentemente para a Nigéria, foi hospitalizado na capital americana, Washington.
Na última atualização do levantamento na África ocidental, a Organização Mundial de Saúde (OMS) apontou que 7.470 pessoas foram infectadas e, deste total, 3.431 morreram. O vírus está presente desde 1976 no Continente da Africano.