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Estado de Minas

Estudantes chilenos protestam por maior participação em reforma educacional


postado em 09/10/2014 18:25

Estudantes chilenos participaram de um protesto nesta quinta-feira, em Santiago, para que suas exigências por melhorias na educação sejam acolhidas pela presidente Michelle Bachelet e incluídas em sua reforma educacional.

A marcha, convocada por grupos de estudantes e funcionários da educação, teve início na Praça Itália, passando pela emblemática Avenida Alameda da capital chilena e pelo Palácio da Moeda. Sua duração foi de duas horas.

Segundo os organizadores, cerca de 6 mil manifestantes caminharam pacificamente embaixo de um sol forte e ao som de tambores. Foram exibidos cartazes com palavras de ordem como "Educação gratuita já" e "Queremos ser parte da discussão", em referência ao debate no Congresso sobre uma reforma educacional promovido pela governo.

Ao final do protesto, os participantes bloquearam algumas vias da capital dando início a um rápido confronto com policiais, que usaram jatos d'água.

Pessoas encapuzadas depredaram lojas e ergueram barricadas, mas foram rapidamente dispersadas pela polícia que, até o momento, não forneceu informações sobre detidos e feridos.

Os estudantes exigem que a presidente atenda as suas reivindicações por uma educação universitária gratuita. Também pedem a melhoria da qualidade do ensino nas escolas.

"Queremos uma educação democrática, pública, participativa e que realmente considere as bases nas tomadas de decisão. Não podemos falar de reforma se aqueles que estão nas ruas não estão sendo considerados", disse à AFP Jorge Muñoz, representante dos funcionários da educação.

Em agosto, os estudantes decidiram abandonar uma mesa redonda promovida pelo governo para discutir a reforma da educação com atores do ensino chileno.

Os líderes estudantis querem realizar negociações diretas com o governo, o que não aconteceu até o momento.

A reforma tem como objetivo mudar o atual sistema de educação chileno, fortemente privatizado e considerado segregador por muitos, eliminando uma herança da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).

As iniciativas que o governo pretende implementar serão possíveis graças a uma reforma tributária aprovada em setembro. Com isso, pretende-se arrecadar cerca de 8,3 bilhões de dólares por ano.


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