Jornal Estado de Minas

Aumento da tensão faz Israel fechar temporariamente Esplanada das Mesquitas

Decisão de fechar a esplanada é uma medida sem precedentes desde 1967, quando a parte palestina da cidade foi anexada por Israel

AFP

Israel fechou temporariamente nesta quinta-feira a Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, em meio a uma nova escalada da tensão após um ataque a um ultranacionalista judeu seguido da morte de um palestino suspeito da agressão.

A fundação que administra a esplanada indicou que a decisão de fechar o terceiro lugar mais sagrado do Islã - também reverenciado por judeus - é uma medida sem precedentes desde 1967, quando a parte palestina da cidade foi anexada por Israel.

A esplanada permaneceu fechada por algumas horas até sua reabertura às 17h00 GMT (15h00 de Brasília).

Neste sentido, os Estados Unidos exigiram o livre acesso dos muçulmanos à mesquita de Al-Aqsa, na esplanada, e fez um apelo por moderação a todas as partes.

O presidente palestino, Mahmud Abbas, considerou o fechamento uma "declaração de guerra", assim como os recentes atos israelenses em Jerusalém Oriental. A Jordânia, que controla a fundação que administra a esplanada, acusou Israel de "terrorismo de Estado". Já a Al-Azhar, uma das mais prestigiadas autoridades do Islã sunita, denunciou como "um ato hostil e bárbaro".

A Al-Azhar acusou Israel de querer "tomar o controle da mesquita de Al-Aqsa" e fez um apelo "ao mundo muçulmano e à comunidade internacional para que impeçam este ato bárbaro que exacerba o conflito religioso e causa instabilidade na região", de acordo com a agência de notícias egípcia Mena.

Na Cidade Velha, jovens palestinos e policiais israelenses voltaram a entrar em confronto no bairro onde a polícia matou, na manhã desta quinta-feira, um palestino suspeito de ter ferido gravemente na quarta Yehuda Glick, uma personalidade da extrema-direita israelense.


O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou o envio de reforços "significativos" da polícia a Jerusalém.

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