Israel fechou temporariamente nesta quinta-feira a Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, em meio a uma nova escalada da tensão após um ataque a um ultranacionalista judeu seguido da morte de um palestino suspeito da agressão.
Neste sentido, os Estados Unidos exigiram o livre acesso dos muçulmanos à mesquita de Al-Aqsa, na esplanada, e fez um apelo por moderação a todas as partes.
O presidente palestino, Mahmud Abbas, considerou o fechamento uma "declaração de guerra", assim como os recentes atos israelenses em Jerusalém Oriental. A Jordânia, que controla a fundação que administra a esplanada, acusou Israel de "terrorismo de Estado". Já a Al-Azhar, uma das mais prestigiadas autoridades do Islã sunita, denunciou como "um ato hostil e bárbaro".
A Al-Azhar acusou Israel de querer "tomar o controle da mesquita de Al-Aqsa" e fez um apelo "ao mundo muçulmano e à comunidade internacional para que impeçam este ato bárbaro que exacerba o conflito religioso e causa instabilidade na região", de acordo com a agência de notícias egípcia Mena.
Na Cidade Velha, jovens palestinos e policiais israelenses voltaram a entrar em confronto no bairro onde a polícia matou, na manhã desta quinta-feira, um palestino suspeito de ter ferido gravemente na quarta Yehuda Glick, uma personalidade da extrema-direita israelense.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou o envio de reforços "significativos" da polícia a Jerusalém.