Jornal Estado de Minas

Policiais israelenses matam suspeito de atirar em militante israelense

Yehuda Glick, militante ultranacionalista e personalidade da extrema-direita israelense, exige há vários anos o direito dos judeus de rezar no Monte do Templo, nome dado pela comunidade judaica à Esplanada das Mesquitas

AFP
Jovens palestinos e policiais israelenses voltaram a entrar em confronto, na manhã desta quinta-feira, na Cidade Velha.
No mesmo bairro, a polícia matou um palestino suspeito de ter ferido gravemente o Yehuda Glick, um militante ultranacionalista e personalidade da extrema-direita israelense.

Glick é um militante que exige há vários anos o direito dos judeus de rezar no Monte do Templo, nome dado pela comunidade judaica à Esplanada das Mesquitas. Ele foi atingido na barriga e no peito, segundo seu pai, e está em condição grave, mas estável.

Sua reivindicação é uma das principais causas das atuais tensões em Jerusalém Oriental. O estatuto da Esplanada das Mesquitas é motivo de tensão permanente. Os muçulmanos temem que o governo israelense autorize os judeus a rezar no local, o que não é permitido até o momento. Eles suspeitam que tal permissão seria o primeiro passo para destruir as mesquitas, com o objetivo de construir o terceiro templo judaico.

Vários bairros têm sido palco de confrontos diários que suscitam temores de uma Terceira Intifada. Netanyahu voltou a negar na segunda-feira o desejo de mudar o estatuto do lugar sagrado. Mas a situação é extremamente instável devido à guerra em Gaza, ao avanço da colonização israelense e ao assédio permanente de que os palestinos se consideram vítimas.

Em meio a este cenário, a União Europeia (UE) se declarou muito preocupada com a situação em Jerusalém e pediu nesta quinta-feira a israelenses e palestinos que diminuam a tensão.
O secretário de Estado americano, John Kerry, prometeu continuar trabalhando com paciência para relançar o processo de paz entre palestinos e israelenses, considerando que isso ainda é possível..