O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu mais do que o esperado pelo mercado, registrando 3,5% no terceiro trimestre de 2014 em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com uma primeira estimativa do Departamento de Comércio anunciada nesta quinta-feira.
A estimativa dos analistas para o período de julho a setembro era de 3% de expansão.
Trata-se de uma cifra menor do que a registrada de abril a junho, quando a economia cresceu 4,6% após uma contração (-2,1%) no início do ano devido ao inverno rigoroso.
O crescimento mais forte do que o esperado nesse trimestre reflete o bom desempenho das exportações, o investimento externo e, em menor medida, o consumo.
O gasto público, com um aumento significativo, também contribuiu com o PIB positivo.
Os gastos de consumo, que representam dois terços do PIB nos EUA, avançaram 1,8% no terceiro trimestre depois de terem subido 2,5% no trimestre anterior. As compras de bens duráveis, com mais de três anos de vida útil, cresceram 7,2%.
As exportações de bens e serviços subiram 7,8%, enquanto os gastos públicos tiveram alta de 4,6%, a maior desde o segundo trimestre de 2009.
As importações caíram 1,7% e o saldo comercial contribuiu em 1,32 ponto com o crescimento do trimestre, o melhor resultado desde o segundo trimestre de 2009.
As empresas, entretanto, continuaram investindo. Os investimentos externos tiveram alta de 5,5% após um salto de 9,7% no trimestre anterior.
O crescimento dos investimentos internos, por outro lado, desacelerou, com um modesto crescimento de 1,8% em relação aos 8,8% do trimestre anterior. Os estoques das empresas caíram um total de 0,57 ponto do PIB.
A segunda estimativa de crescimento será conhecida no dia 25 de novembro.
"Os investidores acreditam que este resultado do PIB tenha sido considerado um dado alentador de crescimento pelo Federal Reserve em sua decisão de adotar um tom mais firme no seu comunicado de quarta-feira, ao final de sua reunião de política monetária", interpretou Patrick O'Hare, de Briefing.com.
O Fed manteve as taxas de juros mínimas, mas cortou - como havia anunciado - seu programa de compras de bônus do Tesouro e títulos hipotecários por meio do qual vinha injetando dinheiro na economia desde o final de 2008.
Esse programa sustentou e estimulou o crescimento da bolsa de valores nos últimos anos.
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