Durante esta semana, vários especialistas em doenças infecciosas fizeram simulações a pedido da agência Associated Press. As previsões variam entre um ou dois novos casos nos Estados Unidos até o fim de 2014 num cenário mais otimista, até 130 novos casos na pior hipótese.
"Não acredito numa grande epidemia", disse o professor de microbiologia e imunologia da escola de medicina da Universidade de Stanford, David Relman. "Apesar disso, da melhor forma como podemos analisar hoje, é bem possível que todas as grandes cidades possam vir a ter pelo menos um punhado de casos", comentou.
Até o momento, projeções publicadas em jornais médicos qualificados pela Organização Mundial da Saúde e centros de controles de doenças nos Estados Unidos se concentram nos piores cenários possíveis para a África Ocidental, concluindo que casos em território americano serão episódicos. Eles não quiseram comentar sobre números específicos.
O especialista em risco pandêmico Dominic Smith fez uma simulação para os Estados Unidos esta semana e projetou entre 15 a 130 casos até o final de dezembro. Isso ainda é menos do que um caso para cada 2 milhões de pessoas. O método considera que a maioria dos casos importados para os EUA seriam de profissionais da medicina que trabalharam na África.
Numa segunda simulação, o professor da Universidade de Northeastern Alessandro
Vespignani projetou entre um novo caso (o que seria mais provável) até oito novos até o fim de Novembro.
Até o momento, oito pacientes foram tratados de Ebola nos Estados Unidos e um morreu. Seis foram infectados na África Ocidental.
O professor de Harvard, Ashish Jha, disse que não está preocupado com um punhado de casos novos nos Estados Unidos. A maior preocupação seria, segundo ele, se a doença saísse da África para a Índia.
O médico Peter Hotez, do Baylor College of Medicine, estima que novos casos podem variar entre cinco e 100. Já a professora de biologia da Universidade do Texas Lauren Ancel Meyers Dosse que há incoerências consistentes em previsões porque o curso das ações sendo tomadas impactam o futuro. As simulações feitas a pedido da AP, segundo ela, são consistentes entre si, afirmou, e "consistentes com o que se sabe sobre a doença". Fonte: Associated Press..