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Estado de Minas

Argentina acha que no fim de 2014 terá melhores opções de diálogo com credores


postado em 03/11/2014 17:46

Em uma entrevista publicada nesta segunda-feira em um jornal mexicano, o ministro da Economia da Argentina, Axel Kicillof, considerou que até o final deste ano haverá uma perspectiva melhor de diálogo com os credores que não aderiram à reestruturação da dívida.

"No final do ano, quando desaparecerem os instrumentos utilizados pelos fundos abutres para a extorsão, haverá mais possibilidades de diálogo com os credores que optaram por ficar de fora da reestruturação da dívida", disse Kicillof ao jornal La Jornada.

Buenos Aires mantém uma disputa legal com fundos especulativos que classifica de "abutres", porque compraram os títulos da dívida em moratória desde 2001 e agora exigem 100% do valor, enquanto que os 93% dos credores da dívida argentina aceitaram a renegociação.

Analistas de mercado acreditam que a disputa da Argentina contra os fundos especulativos só poderá ser resolvida em 2015 quando vencer a cláusula de igualdade de condições oferecidas a todos os credores com a qual o governo argentino está comprometido. Uma vez que esse prazo termine, o país poderá negociar com os fundos um pagamento privilegiado sem a obrigação de estender o benefício a todos os credores.

Sobre a origem dessa situação, Kicillof diz na entrevista que a moratória de 2001 foi causada "pelo neoliberalismo".

"E resolvemos muito bem. Mas aí apareceu um pequeno grupo de advogados, mais do que de financistas, e um juiz que ecoou isso", disse.

"Muitos governos, entre eles o México, acompanharam nossa posição e mostraram boa disposição frente a um problema que não quiseram ver refletido no seu futuro", argumentou.

A Argentina declarou a maior moratória da história moderna em 2001, em meio a sua pior crise econômica e social.

Fundos especulativos que litigam contra a Argentina em Nova York ganharam na justiça a cobrança de 100% de uma dívida de 1,33 bilhão de dólares. O descumprimento da sentença por Buenos Aires resultou no congelamento dos pagamentos da dívida reestruturada, que levou a Argentina a uma moratória parcial nas rabelas das agências de classificação de risco.

Buenos Aires considera que os Estados Unidos violaram a soberania argentina como resultado da decisão judicial em Nova York em favor dos fundos e instou Washington a aceitar a jurisdição da Corte Internacional de Justiça (CIJ) para dirimir este litígio.


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