Os norte-americanos vão às urnas nesta terça-feira para indicar os governadores de 36 estados e os congressistas que irão compor o Legislativo pelos próximos anos. A eleição é histórica e pode resultar em uma grande derrota para o presidente democrata Barack Obama.
Com a disputa acirrada em diversos estados, os republicanos podem eleger mais seis representantes para o Senado e conquistar a maioria também nesta Casa - o partido já domina o Congresso, e pesquisas de intenção de voto indicam que essa configuração deverá permanecer após essas eleições.
Na campanha, contudo, poucas propostas e muitos ataques entre os candidatos. Poucas das discussões mais relevantes do governo federal, incluindo os debates sobre a imigração e os gastos astronômicos, marcavam as principais agendas dos candidatos. Enquanto republicanos defendem que as eleições representam uma avaliação popular do governo Obama, democratas tentam se afastar da baixa popularidade do presidente e defendem que o líder do Executivo não está indo às urnas.
Com um democrata na Casa Branca e os republicanos em controle de ambas as Câmaras do Congresso, a grande questão é se a paralisia no Legislativo irá se aprofundar ou se a realidade política forçará ambos os partidos a se comprometerem com metas modestas.
Os republicanos podem tentar intensificar os ataques a Obama nos últimos anos de seu mandato, mas arriscam sofrer o veto presidencial em projetos que lhe são caros, como a redução de impostos e de regulações. Já acordos de comércio apoiados por Obama e mudanças no sistema de imigração, que muitos republicanos defendem, teriam maiores chances de serem negociados entre os rivais.