Jornal Estado de Minas

Republicanos mantêm Câmara e avançam para conquistar Senado

AFP

O Partido Republicano manteve o controle da Câmara de Representantes dos Estados Unidos nas eleições realizadas nesta terça-feira, e caminha para assumir a maioria no Senado, segundo as projeções das principais redes de televisão do país.

A CBS News aponta que os Republicanos obterão 226 das 435 cadeiras da Câmara de Representantes, enquanto a NBC estima que serão 242 cadeiras para os opositores ao presidente democrata, Barack Obama.

Na disputa pelo Senado, o republicano Mitch McConnell venceu no Kentucky - um estado onde os democratas investiram muito em busca da vitória - e surge como o possível líder da casa.

As redes de televisão também apontam a vitória da republicana Shelley Moore Capito na Virgínia Ocidental, sucedendo o democrata Jay Rockefeller; e no Arkansas, onde o republicano Tom Cotton derrotou o democrata Mark Pryor.

Cotton, um veterano das campanhas militares no Iraque e Afeganistão, conseguiu uma vitória no estado natal do ex-presidente Bill Clinton, aproximando os republicanos do objetivo de conquistar, ao menos, 51 cadeiras no Senado.

No Colorado, o republicano Cory Gardner conquistou a cadeira para o Senado, derrotando o democrata Mark Udall, segundo as redes de TV, que também apontam vitórias republicanas em Montana e Dakota do Sul.

As disputas para o Senado na Carolina do Norte e Geórgia seguem indefinidas.

Na Geórgia, a batalha eleitoral envolve três candidatos: o republicano David Perdue, a democrata Michelle Nunn e a libertária Amanda Swafford.

Nas eleições para os governos estaduais, o governador republicano Rick Scott conseguiu se manter no cargo na Flórida, superando por mínima diferença o democrata Charlie Crist, em um resultado-chave para a oposição visando a eleição presidencial.

Scott, um empresário de 61 anos, obteve 48% dos votos, contra 47% para Crist, um advogado de 58 anos que governou a Flórida entre 2007 e 2011 como republicano e agora tentava voltar como democrata.

Nas chamadas "midterms", tradicionalmente cruéis para o partido no poder, os eleitores renovaram as 435 cadeiras da Câmara de Representantes, 36 das 100 cadeiras do Senado, e 36 dos 50 governadores de Estados.

Simultaneamente, ocorreram dezenas de referendos nos Estados, especialmente sobre a legalização da maconha, direito ao aborto e aumento do salário mínimo.

Em Washington - capital dos EUA - foi aprovada a legalização da maconha, um resultado que reforça a tendência já manifestada por outros Estados, mas a Flórida rejeitou o uso da erva, inclusive para fins medicinais.

O presidente Barack Obama admitiu nesta terça-feira que o mapa eleitoral este ano foi particularmente desfavorável para os democratas.

"É, provavelmente, o pior grupo possível de Estados para os democratas desde Dwight Eisenhower", disse Obama à rádio WNPR.

Para o senador Rand Paul, visto como um possível candidato republicano para a eleição presidencial de 2016, "o vento está a nosso favor".

"Acho que as pessoas estão prontas para uma nova liderança".

"Será uma grande vitória, uma grande noite", antecipou o senador John Cornyn, segunda figura dos republicanos no Senado.

Nos Estados Unidos, historicamente, o partido do presidente em exercício perde as eleições legislativas de meio de mandato.

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