Dois palestinos mataram uma jovem israelense e feriram outras três pessoas, incluindo um soldado que se encontra em estado grave, em dois ataques que aumentam as tensões nos Territórios palestinos e em Israel.
Um dos palestinos foi morto a tiros, e o outro foi detido.
O primeiro ataque aconteceu no início da tarde perto de uma das estações de trem de Tel Aviv, cidade que não havia registrado até o momento qualquer episódio de violência.
Originário de um campo de refugiados de Nablus, no norte da Cisjordânia ocupada, ele teria entrado ilegalmente em Israel, segundo a polícia.
Cinco horas depois, um outro palestino atacou três colonos israelenses em um ponto de ônibus perto de Gush Etzion.
Gravemente ferida, uma jovem israelense de 25 anos não resistiu aos ferimentos. Um homem de 26 anos e outro de 50 anos ficaram feridos e foram levados para o hospital.
O agressor, atingido por tiros disparados por um guarda armado presente no local, também não resistiu aos ferimentos e morreu, segundo a polícia.
Esta é a primeira vez que ataques desse tipo são realizados com facas.
Recentemente, Jerusalém foi palco de dois atropelamentos deliberados que fizeram quatro mortos. Os dois agressores palestinos foram mortos por policiais. Além disso, uma personalidade da direita ultranacionalista também foi gravemente ferida em uma tentativa de assassinato.
Apoio total de ministro aos policiais
A Cidade Santa está agora imersa em um ciclo diário de violência. Em vários bairros de Jerusalém Oriental, jovens atiram regularmente pedras e rojões contra a polícia, que responde com balas de borracha, bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo.
Mais de mil pessoas, incluindo dezenas de crianças, foram detidas na parte palestina ocupada e anexada de Jerusalém.
A preocupação dos palestinos quanto à Esplanada das Mesquitas catalisou a raiva, alimentada por múltiplas questões, entre elas, colonização, ocupação, prisões e guerra em Gaza.
Neste final de semana, a violência invadiu as cidades árabes de Israel depois que um jovem que se opôs à prisão de um de seus parentes foi baleado pela polícia. Seu bairro, Kafr Kanna, viveu dois dias de distúrbios.
Um vídeo da morte de Kheir Hamdan, de 22 anos, coloca em xeque a versão da polícia, segundo a qual ele representava perigo. As imagens mostram o rapaz sendo baleado, aparentemente sem aviso prévio, por várias balas nas costas.
O ministro israelense de Segurança Interna, Yitzhak Aharonovich, voltou a defender a polícia.
'Uma execução'
Os árabe-israelenses, bem como os palestinos, denunciam uma "execução a sangue-frio" e dizem alimentar pouca esperança na investigação lançada pelo Ministério israelense da Justiça.
Vinte e quatro árabe-israelenses, incluindo dez menores de idade, acusados de envolvimento na violência em Kafr Kanna, deviam ser apresentados nesta segunda-feira a um juiz para a possível extensão de sua detenção sob custódia, segundo a polícia.
Descendentes de palestinos que permaneceram em suas terras quando Israel foi criado em 1948, os árabe-israelenses tinham se mantido distantes dos episódios de violência até então.
Esses cidadãos israelenses denunciam a discriminação de longa data sofrida por parte de Israel, embora representem 20% da população.
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