O grupo ultrarradical Estado Islâmico (EI) reivindicou em um vídeo postado na internet neste domingo a execução por decapitação do refém americano Peter Kassig, sequestrado na Síria em 2013.
Nas imagens do mais recente vídeo do EI, que já reivindicou desde agosto a execução de quatro reféns ocidentais, um homem mascarado aparece em pé ao lado de uma cabeça decepada, alegando ter decapitado Peter Kassig.
"Este é Peter Edward Kassig, um cidadão americano de seu país (...)", afirma o homem mascarado de sotaque britânico, que associa este assassinato ao envio de conselheiros americanos para ajudar as tropas iraquianas em sua guerra contra o EI.
Não é possível saber, neste momento, se trata-se do "Jihadi John", o suposto assassino dos jornalistas americanos James Foley e Steven Sotloff.
No mesmo vídeo de 15 minutos, combatentes do EI são mostrados decapitando quinze homens apresentados como soldados do regime sírio de Bashar al-Assad.
Aos 26 anos, Peter Kassig, um ex-soldado no Iraque, havia se convertido ao islamismo e fundado uma organização humanitária em 2012, "Special Emergency Response and Assistance" (Sera), após deixar o exército americano.
Ele apareceu no vídeo lançado em 3 de outubro da decapitação de um outro refém do EI, o britânico Alan Henning, em que os jihadistas ameaçam matá-lo em retaliação aos ataques aéreos americanos na Síria e no Iraque.
Peter Kassig é o terceiro refém americano cuja decapitação foi reivindicada pelo EI após James Foley e Steven Sotloff. Dois outros britânicos, Alan Henning, um voluntário humanitário, e David Haines, trabalhador humanitário, sofreram o mesmo destino.
Todos foram sequestrados na Síria, país em guerra há mais de três anos.
Acusado pela ONU de crimes contra a Humanidade, o grupo EI é responsável por terríveis atrocidades nas vastas regiões conquistadas na Síria e no Iraque, incluindo execuções, sequestros, estupros e limpeza étnica.
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