Durante o encontro, o presidente russo Vladimir Putin ouviu muitas críticas. Sete meses de confrontos no leste da Ucrânia mataram mais de 4.100 pessoas, segundo a ONU. Os países ocidentais acusam a Rússia de estimular a crise com um apoio aos insurgentes separatistas, o que Moscou nega.
"Quem teria pensado que 25 anos depois da queda do Muro (de Berlim), depois do fim da Guerra Fria, depois do fim da divisão da Europa e do fim de um mundo dividido em dois, aconteceria algo assim em pleno coração da Europa?", questionou Merkel durante um discurso em Sydney. Merkel destacou que o Ocidente trabalha duro para encontrar uma solução diplomática ao conflito, mas que também está comprometido com as sanções econômicas contra Moscou.
União Europeia, Estados Unidos e Austrália aprovaram as sanções mais severas contra a Rússia desde o fim da União Soviética. Merkel, que cresceu na Alemanha Oriental comunista, afirmou que o Ocidente poderia utilizar as lições da história para abordar as discussões com a Rússia.
"Devemos ter a paciência necessária para uma batalha árdua. Minha experiência pessoal da história da República Democrática da Alemanha é que não devemos perder as esperanças muito rápido", disse. "O maior perigo é permitir nossa separação, divisão, que se acredite na divisão entre nós", completou..