O ataque, o mais violento ocorrido em Jerusalém nos últimos anos, deve elevar os temores sobre a violência na cidade, onde os ânimos já estão bastante alterados por causa das tensões a respeito da Esplanada das Mesquitas (chamada de Monte do Templo pelos judeus e Nobre Santuário pelo muçulmanos).
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu prometeu que Israel vai "responder duramente" ao ataque, que descreveu como o "o cruel assassinato de judeus que foram orar e foram mortos por assassinos desprezíveis". O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse que falou com Netanyahu após o ataque e criticou a ação como um "ato que puro terror e de brutalidade e violência sem sentido".
O presidente palestino Mahmoud Abbas condenou o ataque, a primeira vez que adotou tal postura desde o início da recente onda de violência contra os israelenses. Ele também pediu o fim das "provocações" israelenses ao redor da Esplanada das Mesquitas. Em comunicado, Abbas disse que "condena o assassinato de fiéis numa sinagoga do oeste de Jerusalém". O documento pede o fim da "invasão" da mesquita no Nobre Santuário e a interrupção do "incitamento" feito por ministros israelenses.
A polícia de Israel chamou o incidente de ataque terrorista e disse que os dois palestinos eram primos, vindos de Jerusalém Oriental.
O porta-voz policial Micky Rosenfeld disse que seis pessoas ficaram feridas, dentre elas dois oficiais da polícia. Quatro dos feridos estão em estado grave. Segundo Rosenfeld, a polícia fazia buscas na região a procura de outros suspeitos. As recentes tensões são relacionadas ao local sagrado chamado pelos judeus de Monte do Tempo, por causa do templo judaico que ficava no local nos tempos bíblicos. Trata-se do local mais sagrado para o judaísmo. Já os muçulmanos se referem ao local como Nobre Santuário, o terceiro lugar mais sagrado para a religião depois de Meca e Medina, na Arábia Saudita.
O local é tão sagrado que os judeus tradicionalmente evitam ir até lá. Em vez disso, oram no Muro das Lamentações. O chefe dos rabinos de Israel pede às pessoas que não subam até o local, mas nos últimos anos um grupo pequeno, mas crescente de judeus, dentre eles integrantes ultranacionalistas do Legislativo, começaram a visitar regularmente a explanada, medida vista como uma provocação pelos muçulmanos..