Jornal Estado de Minas

Censura britânica volta atrás e diz que não há sexo em "As Aventuras de Paddington"

AFP

O organismo britânico responsável pela classificação dos filmes anunciou nesta quarta-feira que retirou a advertência que "As Aventuras de Paddington", filme infantil sobre o popular ursinho desamparado, contém "referências sexuais moderadas".

O criador do personagem adaptado para o cinema, o escritor Michael Bond, de 88 anos, se declarou "totalmente assombrado" pela mera insinuação de que existiam elementos sexuais no filme.

O Conselho Britânico de Classificação de Filmes (BBFC) viu a referência sexual em uma cena em que um policial flerta com um homem disfarçado de mulher, o pai da família que adota o ursinho.

"Eu ficaria desapontado.

Talvez não durma bem. Não posso imaginar quais são as referências sexuais. Não estão no livro", disse Bond ao jornal Daily Mail.

O BBFC catalogou o filme, que estreia na próxima semana na Inglaterra, como "PG", iniciais de "Parental Guidance", o que significa que não é recomendável para crianças pequenas.

Para justificar a decisão, o BBFC alegou que o filme tem exemplos de "conduta perigosa", quando Paddington se esconde na geladeira ou quando o vilão ameaça matar o ursinho.

Mas a controvérsia levou o BBFC a anunciar a retirada da menção de "referências sexuais moderadas" e substituir por "insinuações", apesar da manutenção da classificação "PG" para o filme.

A obra de Bond narra as aventuras de Paddington, um ursinho do Peru adotado por uma família que o encontra na estação londrina de mesmo nome com um cartaz que diz "Por favor, cuidem deste urso. Obrigado".

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