Jornal Estado de Minas

Vídeo mostra ação de policial que matou menino de 12 anos em Cleveland

AFP

O policial que atirou no sábado passado em um menino negro de 12 anos que estava com uma arma de brinquedo em uma área da cidade de Cleveland tomou a decisão segundos depois de chegar ao local, segundo o vídeo de uma câmera de vigilância.

O fato aumentou as críticas às técnicas utilizadas pela polícia dos Estados Unidos, em meio aos distúrbios provocados pela decisão de um júri de libertar um policial branco que matou um jovem negro desarmado em agosto na cidade de Ferguson, estado de Missouri.

Tamir Rice faleceu no domingo em um hospital de Cleveland, Ohio.

Um dia antes, dois policiais que atenderam a um chamado de emergência balearam a criança em um parque.

O vídeo mostra o menino caminhando por uma calçada e brincando com a pistola, depois apontando para um pedestre com o objeto e mais tarde sentado em uma área do parque.

Uma viatura estaciona perto da criança e um policial sai do lado do carona com uma arma. Ele atira imediatamente em Rice, enquanto o menino caminha para o carro.

Apesar da curta duração do incidente, policiais de Cleveland afirmaram que Rice ignorou as ordens de levantar os braços e que parecia que pretendia pegar algo da cintura antes de ser atingido.

"Ele recebeu a ordem para levantar as mãos três vezes", disse o subchefe de polícia Edward Tomba.

A polícia de Cleveland também divulgou o áudio de uma ligação para o serviço 911, na qual um homem afirma que uma pessoa, provavelmente menor de idade, estava com uma pistola que ele suspeitava ser de brinquedo.

"Há um garoto com uma pistola (...). Provavelmente é falsa, mas está apontando para todos", afirmou o homem.

Mas a central não informou aos policiais que a pistola provavelmente era de brinquedo, nem que o suspeito era menor.

A polícia de Cleveland identificou o policial que matou Rice como Timothy Loehman, branco de 26 anos.

Loehman, que está na polícia desde março, e o outro agente que dirigia a viatura estão suspensos durante a investigação.

Os dois policiais foram interrogados, mas suas declarações não serão divulgadas, segundo Tomba.

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