A medida foi defendida pelo anfitrião, o presidente do Equador, Rafael Correa. “Precisamos de medidas concretas para projetos importantes, como o proposto por nosso secretário-geral”, disse. “É a melhor expressão da verdadeira integração”, completou. Caso se concretize, a livre circulação será o acordo mais importante firmado na Unasul desde a fundação.
A cúpula de Quito coincide com um momento em que vários países-membros mostram descontentamento com o “abandono” da Unasul e a lentidão do crescimento regional. A presidente Dilma Rousseff cobrou maior integração econômica e de infraestrutura, “tanto logística como energética”. Em uma conferência aberta ontem pela diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, em Santiago, no Chile, a necessidade de avanços no bloco também foi abordada.
COBRANÇA Em seus momentos finais como presidente do Uruguai, José “Pepe” Mujica, confirmou ontem que seis presos de Guantánamo devem chegar ao país na próxima semana. No que chamou de “carta aberta para o povo uruguaio e também para o presidente (Barack) Obama”, Mujica exaltou a participação de imigrantes na formação da população do país, pediu o fim do embargo a Cuba e a liberação de quatro presos latinos detidos nos Estados Unidos. “A ocasião de júbilo é propícia para que peçamos novamente o levantamento do injusto e injustificável embargo”, disse. O uruguaio citou, em seguida, os nomes do lutador portorriquenho Oscar López Rivera e dos cubanos Antonio Guerrero, Ramón Labañino e Gerardo Hernández, todos presos há mais de uma década.
Apesar de o governo buscar manter sigilo sobre detalhes, a imprensa uruguaia informou que os detentos de Guantánamo chegam ao país na madrugada de segunda para terça-feira. Eles devem ser imediatamente encaminhados para um hospital militar, onde serão examinados. O nome, a nacionalidade e a idade de cinco deles foram divulgados, apenas um não foi identificado. Eles estão em Guantánamo desde 2002 e foram considerados pelo governo americano como de baixa periculosidade..