Túmulos de um cemitério judeu da província de Santiago del Estero foram destruídos e profanados nesta segunda-feira, informou um dirigente comunitário.
"A pessoa que realiza as tarefas de limpeza no cemitério da nossa comunidade encontrou uma grande quantidade de destroços no local", disse Hernán Kriscautzky, presidente da filial da Delegação de Associações Israelenses Argentinas (DAIA) na província.
O dirigente disse ter encontrado "um nível de crueldade nunca visto no local", com destruição de lápides, monumentos danificados e fotos rasgadas.
O fato ocorreu na capital de mesmo nome da província de Santiago del Estero, a 1.100 Km ao norte de Buenos Aires.
A maioria das denúncias de antissemitismo se concentra em expressões xenófobas e nazistas pela internet, mas também há destroços em cemitérios e grafites, segundo o centro de estudos sociais da DAIA.
A comunidade judaico-argentina é formada por cerca de 300.000 membros, segundo estatísticas oficiais.
Os maiores atentados antissemitas da história argentina foram cometidos em 1992 contra a embaixada de Israel e em 1994 contra a sociedade mutual judaico-argentina AMIA, resultando em 114 mortos e 500 feridos.
Nenhum dos ataques foi esclarecido pela Justiça.
.