O número de pessoas mortas devido à malária caiu quase 50% nos últimos 13 anos indicou nesta terça-feira em Genebra a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A agência da ONU teme, no entanto, que o Ebola prejudique a tendência de queda na África Ocidental, ao redirecionar meios e esforços para o controle da epidemia em detrimento de outros tratamentos. "Estes são os melhores resultados que tivemos e uma notícia maravilhosa para a saúde pública", disse em uma coletiva de imprensa o espanhol Pedro Alonso, diretor do programa mundial da OMS contra a malária.
Em 2013 foram registrados 198 milhões de casos de malária no mundo e 584.000 falecimentos, em baixa de 4,3% e 6,9%, respectivamente, em relação a 2012. Do total, 90% dos falecimentos, 78% dos quais correspondem a crianças com menos de 5 anos, foram registrados na África. A redução na África é explicada principalmente por medidas preventivas mais bem aplicadas, algumas delas muito simples, como generalizar o acesso a mosquiteiros impregnados com inseticidas.
Em 2004 apenas 3% da população de risco tinha acesso a estes mosquiteiros, contra quase 50% em 2013. O relatório 2014 sobre a malária no mundo reúne informações de 97 países. A malária é causada por um parasita chamado Plasmodium transmitido através da picada de mosquitos infectados, lembra a OMS. Os parasitas se multiplicam no fígado e depois infectam os glóbulos vermelhos.
Entre os sintomas da malária destacam-se a febre, as dores de cabeça e o vômito, que geralmente aparecem 10 a 15 dias após a picada do mosquito.