O massacre de elefantes na África e o comércio de marfim na China estão fora de controle e podem levar à extinção dos animais que vivem em liberdade no período de uma geração, advertiram nesta terça-feira defensores do meio ambiente. Quantidades de marfim cada vez maiores são vendidas em um número crescente de lojas de luxo na China, denunciaram em um relatório conjunto das associações Save The Elephants e The Aspinall Foundation, ressaltando que mais de 100 mil elefantes do continente africano foram sacrificados entre 2010 e 2012.
A caça de elefantes, assim como a dos rinocerontes, aumentou consideravelmente nos últimos anos na África, alimentada pela forte demanda de marfim e de chifres na Ásia, onde são buscados por seu aspecto decorativo ou por suas supostas virtudes medicinais, alcançando preços astronômicos que atraem grupos criminosos internacionais e grupos armados.
Os pesquisadores das duas organizações não governamentais visitaram dezenas de lojas e fábricas na China, o principal centro de transformação de marfim. Segundo este documento, o número de lojas de marfim registradas passou de 31 em 2014 a 145 no ano passado, enquanto o número de fábricas de transformação do marfim passou de nove a 37 no mesmo período. A venda ilegal de marfim em lojas sem licença progrediu ao mesmo ritmo.